Dom Sebastião Bandeira: Vocação nunca é finalizada na pessoa, mas é sempre em vista de uma missão e para uma comunidade concreta.Quantas pessoas poderiam doar mais a sua vida para a comunidade, mas vivem amarguradas e perdendo a oportunidade de ser útil e fazer o mundo melhor.
“És precioso a meus olhos... Eu te amo” Is. 43,4
Ainda vivendo o tempo da pandemia,
temos algumas boas notícias, em nossa Diocese, que podemos comemorar: a
celebração dos 40 anos da chegada das Irmãs Missionárias Palotinas, em
Timbiras, com os primeiros votos da Ir. Josinalda e a ordenação diaconal do Jeferson
e do Railson, em Coroatá. No Brasil,
mais de 150 bispos escreveram uma Carta ao Povo de Deus, “interpelados pelo
gravíssimo momento em que estamos vivendo” de uma “tempestade perfeita” onde se
percebe a “incapacidade e incompetência do Governo Federal, para coordenar suas
ações, agravadas pelo fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e
municípios e contra poderes da República”. Em toda esta situação, convido a
todos a refletir, o lema do mês vocacional, escolhido pela Igreja no Brasil:
“És precioso a meus
olhos... Eu te amo” Is. 43,4
Falar da vocação, não é um tema
reservado a poucos, mas tem tudo a ver com a realização plena de cada pessoa, a
sua ação na Igreja e na sociedade. É um diálogo entre Deus e o homem, entre o
amor de Deus que chama e a liberdade do homem que no amor responde. E isso
acontece, no dia a dia, no nosso seguimento a Jesus Cristo. Vocação nunca é
finalizada na pessoa, mas é sempre em vista de uma missão e para uma comunidade
concreta. Claro que a pessoa ao realizar a missão pela qual foi chamada ela se
sentirá realizada plenamente. Vocação também não é busca de satisfação pessoal
ou de projetos pessoais. Vocação é dar a vida pela defesa da vida, ou seja, é
amar. Um Deus que é amor chama-nos justamente porque nos ama, e nos chama para
amar. Nunca devemos duvidar do amor de Deus, em qualquer circunstância da vida,
aconteça o que acontecer. Por isso que somos preciosos aos seus olhos.
“És precioso a meus
olhos... Eu te amo” Is. 43, 4
Uma das piores doenças, que pode ocorrer
em nossa vida, é não sentirmos amados. Sentirmos rejeitados pelas pessoas com
quem convivemos e não amarmos nós mesmos. Quantas pessoas poderiam doar mais a
sua vida para a comunidade, mas vivem amarguradas e perdendo a oportunidade de
ser útil e fazer o mundo melhor. Por isso, precisamos aproveitar bem, para
repensar, quais são os apelos de Deus para nós nesta situação onde a vida está
sendo tão ameaçada e onde as pessoas estão tão carentes de manifestações de
amor e cuidado. Rezemos também, para que o nosso entusiasmo nunca acabe e que
tenham sempre pessoas disponíveis para servir naquilo que for necessário para o
bem da comunidade. Um grande abraço
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