CORPUS CHRISTI EM TEMPOS DE PANDEMIA



Celebrar Corpus Christi é proclamar a Divindade de Jesus escondida nas aparências eucarísticas de pão e vinho, é também o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento, conduzido pelo Sacerdote sai em marcha processional pelas ruas de sua jurisdição eclesial.  Configura-se como a mais linda e importante procissão, pois é o próprio Cristo que sai a abençoar a todos, nossas ruas, cidades e famílias. Por sua grande importância, costumamos enfeitar nossas portas, e casas com oratórios e as ruas com tapetes para o Senhor que vem visitar o seu povo materializado em pão da vida.
Surgindo no século XIII, na Béliga, mais preciso na diocese de Liège, a festa de Corpus Christi, expõe a divindade e particularidade excelsa das especies de pão e vinho, em especial quando recorda-se que quando o milagre eucarístico  aconteceu na Itália quando padre Pedro de Praga estava duvidando da presença de Cristo na Eucaristia, da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Logo mais, o Papa da época,  Urbano IV, ditou ao epíscopo que transladasse as relíquias deste milagre eucarístico de Bolsena a Orvieto. Indo ao encontro processional, o papa quando deu-se de frente, exclamou: “Corpus Christi”.
Sucedendo-se, em 1264, aprovou-se a Bula Papal “Transiturus de mundo”, fixando a celebração na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, São Tomás Aqui compôs o Oficio da celebração, belíssimo! Em 1247 a primeira procissão eucarística realizou-se pelas ruas de Liège, espalhando-se por todo o mundo no século XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, João XXII, promulgou ditando na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas, e então, oficialmente, celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
Celebrar a Eucaristia é fazer memória da ação do Senhor na Ceia e de sua morte, é tornar presente seu sacrifício redentor, é a celebração da partilha na Comunidade e é a celebração do futuro, de sua vinda gloriosa. Neste ano, por questões óbvias, infelizmente não celebraremos como de costume, mas poderemos participar das celebrações através dos meios de comunicação e mídias digitais, acompanhando as Missas e Adoração ao Santíssimo,  também podemos participar com atos de caridade, doando alimentos não perecíveis e roupas para ajudar quem mais precisa. 

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