ADVENTO – Eis que o Rei bate à porta!
Neste domingo dia 29 de novembro, damos início a um novo ano Litúrgico, começando com o advento. O ano Litúrgico é regido pela celebração dos mistérios de Cristo, seu nascimento, morte e ressurreição, e não pelo ciclo solar, como é o ano civil que estamos habituados, com início do 01 de janeiro e término no 31 de dezembro. O Ano Litúrgico inicia-se com o Advento, e encerra com a festa de Cristo Rei do Universo.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. A palavra para a vivência do advento é VIGILÂNCIA, já que o tempo do advento é o período que compreende aos quatros domingos que antecedem o natal de Nosso Senhor, o tempo da espera do Senhor. A finalidade do Advento é de a intensificação da promoção propicia a vivência da oração, da esperança, porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1), da leitura da Santa Palavra, para estarmos prontos para o encontro com Senhor-Menino-Deus, em sua 2ª vinda.
Nas igrejas e nas residências, os fiéis se preparam para a chegada de Jesus, colocando as coras do Advento – que se compõe de quatro velas, uma para cada domingo, a cor litúrgica desse tempo é roxo, como símbolo de preparação e penitência. Aproximando-se da festa do Natal, no terceiro domingo, a Igreja celebra o DOMINGO DA ALEGRIA, chamado de Domingo Gaudete, onde se permite usar a cor rósea, como sinal festivo. Cada vela/domingo tem um significado, uma etapa da salvação:
1º domingo: O perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus.
2º domingo: A fé dos patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida.
3º domingo: A alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade.
4º domingo: O ensinamento dos profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias.
No Advento, devemos vivenciar a espera, a vigilância, na busca do reconhecimento da conversão través de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
O Advento trás um Deus-revelação, o único que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), forte, poderoso, magnânimo. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
Texto: João Israel da Silva Azevedo
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