Dom Sebastião Bandeira: É preciso reinventar a nossa maneira de ser Igreja - Comunhão na Palavra - Maio de 2020




NOVO MILÊNIO
COMUNHÃO NA PALAVRA – maio de 2020.
“Quando chegou o dia de Pentecostes
 os discípulos estavam todos reunidos no
mesmo lugar” At. 2,1.


Dom Sebastião Bandeira: "(...) É preciso reinventar a nossa maneira de ser Igreja" 

Na comunhão da palavra deste mês Dom Sebastião, com muita fé, pautada em uma fala esperançosa, nos diz que: É preciso reinventar a nossa maneira de ser Igreja não só durante este isolamento, mas depois desse período. Estamos aprendendo a revalorizar a oração e a leitura pessoal e familiar da Palavra de Deus. Busca-se valorizar mais o cuidado com vida das pessoas, do que a própria celebração no templo, mesmo que seja um sacrifício afetivo e até mesmo econômico para a vida da comunidade eclesial.

 Leia na íntegra a mensagem do bispo de diocesano de Coroatá-Ma. Dom Sebastião Bandeira - partilhada na Comunhão na Palavra

     Hoje, enquanto escrevo esta mensagem, dos dezesseis municípios que fazem parte da Diocese de Coroatá, doze deles já foram constatadas pessoas que estão doentes, infectadas pelo novo coronavírus. Os dados não são completamente seguros, pois falta material para fazer exames dos que sentem os sintomas desta terrível pandemia e outros não querem vir aos postos de saúde com medo da contaminação. Em São Luís foi decretado o “Bloqueio total” pela justiça, visando a população levar mais a sério o isolamento social e também porque os hospitais estão completamente lotados. Em meio a esta situação estão surgindo muitas iniciativas nas paróquias visando levar a Boa nova de Jesus às famílias, em suas casas, utilizando criativamente as redes sociais, graças a pastoral da comunicação que renasceu neste tempo. 

     “Quando chegou o dia de Pentecostes os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar” At. 2,1. 

     Estaremos celebrando brevemente a festa de Pentecostes, concluindo o tempo pascal. Segundo a tradição, os apóstolos e Maria estavam reunidos no Cenáculo durante cinquenta dias. Com certeza aquele tempo foi muito precioso para poder viver e refletir tantos acontecimentos ocorridos com eles na companhia de Jesus Cristo. Avaliaram as fraquezas, os medos, as atitudes de negação, traição e fuga vividas por membros do grupo. Partilhavam a insegurança da perseguição que vinha de fora, das autoridades judaicas que queriam fazer esquecer este nome perigoso de Jesus. Contavam com a presença consoladora e materna de Maria, que com certeza tornava o ambiente menos tenso e mais agradável. Em meio a tudo isso chega o Espírito Consolador, que com seus dons, ajuda a comunidade a sair deste isolamento e a testemunhar uma mensagem capaz de transformar homens medrosos em corajosos e destemidos missionários. 

     “Quando chegou o dia de Pentecostes os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar” At. 2,1. 

     É preciso reinventar a nossa maneira de ser Igreja não só durante este isolamento, mas depois desse período. Estamos aprendendo a revalorizar a oração e a leitura pessoal e familiar da Palavra de Deus. Busca-se valorizar mais o cuidado com vida das pessoas, do que a própria celebração no templo, mesmo que seja um sacrifício afetivo e até mesmo econômico para a vida da comunidade eclesial. Faço votos que depois de todo este sofrimento, estejamos melhores como pessoa e como cristãos. E o mundo agradecerá a mudança que poderá ocorrer entre aqueles que aprenderam a lição que este fato nos está ensinando. Deus proteja a você e sua comunidade. 
Dom Sebastião Bandeira
Bispo da Diocese de Coroatá-MA

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