Assembleia Paroquial da Paróquia Nossa da Piedade e Formação da CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023
A paróquia Nossa Senhora da Piedade promoveu o encontro entre os membros da comunidade, representantes de pastorais, grupos, movimentos e leigos, nos dias 10/11 de fevereiro do ano de 2023, para discutir temas pertinentes à caminhada da igreja no intuito de fortalecer, engajar e motivar seus seguidores.
O encontro ocorreu nas dependências do “Morro da
Cutia”, espaço da igreja e, contou com significativa presença de representante
local e das comunidades pertencentes a outros setores dos povoados
circunvizinhos, pertencentes à Diocese.
À frente deste ministério, contou-se com a presença do
Padre da Paróquia, Jeferson Pinheiro (Vigário),o Monge Antônio de Maria do mosteiro Bom
Pastor; Diáconos: Francisco de Oliveira, Gilson da Conceição Silva e Sérgio
Amorim Coelho, Irmã de Siessen Márcia, Dra. Francisca e irmão Josué.
A contribuição dos irmãos, acima citado foi salutar
para transformar este momento em júbilo, envolvimento, conhecimento, partilha e
gratidão.
No dia 10 de fevereiro- acolhida: Padre Jeferson deu as
boas vinda, apresentando os grupos presente por meio de uma dinâmica e,
esclareceu sobre o transcorrer do encontro.
Coordenadores e/ou representantes que marcaram presença: Setor Urbano: Participação de representantes das capelas de 6 setores da comunidade e a Diocese; Setor da Zona Rural: Participação de representantes das capelas de14 setores da comunidade. Pe. Jeferson mediou a apresentação dos resultados do trabalho de Escuta para o Sínodo no ano de 2022, elencando o que foi percebido durante as visitas, tais como as dificuldades, alegrias e propostas.
Dentre as repostas, como destaque ao requisito
“dificuldade”, a representante Maria de Jesus - Capela Santo Antônio na
Jaqueira, citou o quão difícil é deslocar as crianças do setor para a missa na
Catedral e reivindica a possibilidade de se fazer uma celebração no local.
No setor “Esperança de Deus”, a irmã Érica reivindica
mais visitas da paróquia à comunidade, tendo em vista que têm muitos idosos por
sentirem a carência da missa e evangelização para melhor compreender seu ritual
e animar o setor. Requerem a volta da equipe missionária e sua atuação nas
comunidades.
No povoado “Barriguda” a dificuldade e tristeza se
restringe ao fato da ausência de pessoas nas celebrações, devido ao trabalhador
rural estar em campo aos sábados e domingos, exatamente nos dias em que são
marcado a visita da equipe ao local.
Todavia, a alegria se sobressia quando persiste a perseverança na caminhada de fé. Na Barriguda, a comunidade se mobilizou, juntamente com a equipe formada pela Paróquia Nossa Senhora da Piedade, para a construção, após a doação do terreno, da capela que leva o nome de “Santa Dulce dos Pobres”. Nas visitas de casa em casa, foi feito um resgate e acolhimento de pessoas para a formação da catequese, crisma e casamento.
É a igreja em saída, dando suporte àqueles que
necessitam de uma formação, com o intuito de estimular a inserção na casa do
Senhor, como cristão e servo de Deus, proporcionando deste modo, o agir ao
caminhar juntos.
Comunhão, Participação, Missão” são as três palavras-chave para a caminhada sinodal que o Papa Francisco propôs à Igreja. Temos de nos pôr à escuta do Espírito e arranjar calçado leve para caminharmos juntos, lado a lado, atentos às propostas de Deus. (LUSOFONIAS,2023)
Em síntese, o andar juntos gera crescimento, maturidade espiritual e pessoal, pois Deus nos fez únicos e cheios de particularidades, talentos e dons diferentes para que assim completarmos uns aos outros e, auxiliar o seu ministério.
Adoração ao Santíssimo: às 19h, aconteceu no recinto
da Capela a Adoração ao Santíssimo dirigido pelo Diácono Gilson da conceição
Silva e Pe. Jeferson Pinheiro. Foi intenso, profundo, emocionante e reflexivo.
A adoração impõe uma postura de respeito e submissão (se possível de joelhos), para ouvir Aquele que é maior pelo coração, ouvir Jesus lhe dizendo: “Não é preciso, meu filho, saber muito para me agradar, basta-me amar fervorosamente. Fala-me, pois de uma coisa simples, assim como falarias com o mais íntimo dos amigos. (CATEQUISTAS BRASIL, 2020)
Nesta postura, ávidos pela palavra e amor a Deus,
vivenciou-se este sublime sacramento entoado por cântico, contemplação e
emoção, ao sentir a presença do Deus vivo no santuário e no meio de nós.
Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre. Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos e para sempre. Grande é o Senhor, e muito digno de louvor; e a sua grandeza, inescrutável. (SALMO 145, 1-3)
Senhor Jesus Cristo,
neste admirável sacramento, nos deixastes o memorial de vossa paixão. Dai-nos
venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que
possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que viveis e
reinais com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
Dia 11 de fevereiro
Pe. Jeferson deu ênfase em sua homilia sobre o milagre
de Jesus, na cura da doença física, em que surdos e mudos passaram a ouvir e
falar. Jesus explica tudo a seus discípulos para que possam compreender, todavia,
eles não compreendiam, pois imperava a surdez espiritual, enquanto Jesus
almejava que seus discípulos ouvissem, compreendessem a sua ação, para assim
divulgar a boa nova e o viver na dimensão espiritual e social.
Jesus teve compaixão do seu povo e, deseja que nossos
ouvidos e línguas sejam descerrados, os olhos e o coração. Este olhar com os
olhos e o coração, nos remete à Campanha da Fraternidade do ano de 2023, em que
a fome é retratada e, apresenta-se com os respectivos tema e lema:
“Fraternidade e fome”; “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
Apresentação da Campanha da Fraternidade: estudo e reflexão.
Fez-se a abertura com a temática dividida em itens do texto base para
apresentação, compreensão e ação, composta por palestrantes e mediadores, como
Pe. Jeferson, Pe. Antônio de Maria, irmão Josué, Dra. Francisca e irmã de
Siessen Márcia.
Pe. Jeferson fez a abertura com o cântico do hino da
campanha da fraternidade, junto aos presente e em seguida proferiu o seguinte
questionamento: se de fato saímos do nosso individualismo e praticamos a
fraternidade para com o nosso próximo e à sociedade?
Tema: Fraternidade e fome:
Conforme citado no texto base da Campanha da
Fraternidade: A fome é um fenômeno biológico que aciona uma sensação passageira
de desconforto, um sinal breve do corpo, que indica a hora de comer.
Na sociedade humana, a fome é uma tragédia, um
escândalo, é a negação da própria existência A fome é um contratestemunho que
não reconhece de forma prática a dignidade integral das pessoas, não considera
a primazia do bem comum. (CF.2023)
Fez referência a Jesus como ação de Deus e que por meio
desta atitude Ele fez sua Eucaristia de modo organizado e partilha do pão.
Ademais, instiga os presentes para suscitarem em seu
coração, se realmente estão sendo cristãos? Papa Francisco nos convida a
refletir a agir e sermos partícipes do combate à fome, pois a comunidade tem
prioridades irrenunciáveis, como o combate à fome, tanto do alimento para
fortalecer o físico e o espírito.
Irmão Josué: Mudança da realidade: “Dai-lhes vós mesmos
de comer”. (Mt 14,16) O objetivo Geral da CF é sensibilizar a sociedade e a
Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e
irmãs, por meio de compromissos que venha transformar esta realidade a partir
do Evangelho de Jesus Cristo.
Irmão Josué retratou o mapa da fome através de dados
extraído da Vigisan (2022), sobre a segurança alimentar no Brasil como leve,
moderada e grave, reforçou sobre o contexto abordado por meio do vídeo Retrato
da Fome (2015) e, pela realidade que sofre a população indígena de várias
etnias do País.
Alimentação é um direito em que o Estado tem o devir de
garantir (TB 39) e, explana sobre as causas da fome: estrutura fundiária,
política agrícola perversa, desemprego, subemprego, fatores climáticos, guerra
e desastres naturais.
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (Jo10:10)
Irmã Márcia: Deu ênfase sobre a atuação das obras
sociais existentes em nosso País para o conhecimento, fomento e desejo de
sermos coadjuvantes da partilha e contribuição por meio de uma atitude concreta
no âmbito em que estejamos inserido.
Destacou os projetos que surgem na eminência de
combater a desigualdade social como partilha do amor fraterno.
Dentre os grupos de obras de caridade, elencou: São
Vicente de Paula (Vicentinos) que atende mais de 150 Países; Cáritas Brasileira
(inclusão social e desenvolvimento sustentável-165 Países há mais de 50 anos);
Pastoral da Criança Zilda Arns); Fundo Nacional de Solidariedade (CNBB,1998);
Economia de comunhão; Economia Solidária; Economia de Francisco & Clara
(Assis-Itália, 2020), etc.
Ressalva que: são entidades que se preconiza ações em
prol do próximo por meio de ações que envolvem a sociedade no agir e cuidar,
promovem campanhas emergenciais, produção de alimentos, combate à desnutrição,
fome, eliminação de hanseníase, atividades esportivas, reciclagem, capacitação
de jovens e adolescente, apoio espiritual, apoio aos povos indígenas, mulheres
e crianças.
As boas obras, provenientes da fé, devem se estender por toda a comunidade. Daí a necessidade de a Igreja se envolver em ações sociais quando possui condições para isso. Mt. 5:13-16: “Vós sois o sal da terra (…) Vós sois a luz do mundo.
Doutora Francisca: Iluminar com a Luz da
Palavra.
Refere-se à fome como um escândalo, considerando que o
alimento é uma expressão da bondade de Deus, para seguir o caminho orientado
por Mateus (14:16) “Dai-lhes vós mesmo de comer”. Jesus, o filho de Deus, surge
como o objetivo conciliador em ações de compaixão pela partilha, hospitalidade
e solidariedade.
Sobre a Eucaristia e responsabilidade social: a
Eucaristia reforça o destino universal dos bens e faz brotar ações que projetem
ações de solidariedade que contemplem os níveis social, assistencial e sócio
político.
O Brasil sente fome: “não há democracia se existe fome” (Papa Francisco, 02/10/2021)
A Campanha da Fraternidade é o modo brasileiro de celebrar a Quaresma: convite à conversão pessoal, comunitária e social.
Neste sentido, ao final do estudo e reflexão mediante
ao Texto Base da Campanha da Fraternidade 2023, formou-se um grupo de 10
pessoas, para em consenso sugerir uma ação concreta de imediato que venha
colaborar com o combate à fome.
Fome do alimento, da palavra e do amor fraterno. Quanto
ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente,
sejam misericordiosos e humildes.” (1 Pedro 3:8). Que Maria, nossa Mãe, a qual
declarou no seu Magnificat que Deus “encheu de bens os famintos” (Lc 1, 53),
interceda por nós, para que sejamos instrumentos de Deus a realizar esta obra
de sua misericórdia. (CF, 2023). O mundo é chamado a ter consciência da fome
para que os empenhos das autoridades, governantes sejam por esforços para
amenizar a vergonha do mundo, que é a fome na expressão do sumo pontífice Papa
Francisco. (Vatican.news,2023).
Que Deus tenha misericórdia de todos que sofrem e faça
iluminar os corações à abertura e mudança que projetem ações que contemple
aqueles que sofrem por omissão e descaso do poder público e da sociedade.
Pascom Catedral de Coroatá-MA
Fotos: Poliana Reis
Texto: Cecilna Miranda Teixeira
1 Comentários
Foi um encontro de muita riqueza, alegria, aprendizado e comunhão.
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