Momentos marcantes na Diocese de Coroatá no inicio do ano Vocacional, leia na Comunhão na Palavra - Novembro de 2022

Dom Sebastião Bandeira
Bispo da Diocese de Coroatá-MA

Comunhão na Palavra novembro de 2022

“Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33)

Dom Sebastião Bandeira: É o meu grande sonho, de que em cada paróquia possa surgir ou fortalecer uma equipe de pessoas, que ajude a criar uma cultura vocacional, oportunizando momentos de oração, de reflexão sobre o sentido da vida, e realizando iniciativas para apoiar aqueles que desejam viver com mais disponibilidade e radicalidade o chamado de Deus para a missão.

Leia na íntegra a mensagem do bispo do Sebastião Bandeira, na Comunhão da Palavra do mês de novembro de 2022, 

Comunhão na Palavra novembro de 2022 

“Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33)

                       Peço desculpas aos leitores, pela demora em escrever a mensagem deste mês, que já está quase terminando. Quero registrar alguns acontecimentos marcantes já ocorridos, tanto em nível nacional, quanto diocesano. Celebramos, em Recife o XVIII Congresso Eucarístico Nacional, com o tema “Pão em todas as mesas”. Tive a oportunidade de participar com alguns membros da Diocese, deste evento que a Igreja do Brasil sempre oferece ao nosso povo, para aprofundar o sentido da eucaristia e suas implicações concretas na vida das pessoas e do mundo. Em meio a tristeza do falecimento inesperado do Pe. Ricardo Antonio Silva Aranda, que veio servir na Fazenda da Esperança, tivemos os votos perpétuos da Ir. Deusilene Oliveira, da Congregação das Irmãs do amor de Deus, em São Mateus e a ordenação presbiteral do Diácono Jaime Lima de Oliveira, em Coroatá. Dois acontecimentos que marcam o início do 3º Ano Nacional Vocacional, cujo tema é Vocação: graça e missão e o lema é:

                                     “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33)

                 Só um grande amor nos faz deixar tantas coisas importantes na vida por uma causa maior. E este amor é uma pessoa concreta, Jesus Cristo e sua paixão, o Reino. Somente quando nosso coração está ardendo, aquecido pelas atitudes e mensagens de Jesus e pelas suas testemunhas, é que teremos disposição para sair, e percorrer caminhos, mesmo com as dificuldades e sacrifícios que a vida nos impõe. O grande desafio é que Jesus Cristo para ser amado e ao mesmo tempo conhecido precisa de pessoas que sejam mediações para torná-lo concreto, visível na vida de cada um. A partir desta experiência de encontro as pessoas mudam seu estilo de vida, aceitam caminhar juntas, formando comunidade e constroem um mundo onde a fraternidade, a justiça e alegria são realidades bem presentes. Infelizmente, estamos vivendo um tempo de desencanto, de anemia espiritual, de busca de uma religião que se enquadra no “divertimento”, que busca ter o conforto desejado, mas que nem sempre nos ajuda a carregar todos os dias a nossa cruz e a colaborar na libertação dos crucificados de hoje. A carência de pessoas para animar as comunidades cristãs e assumir as obras de promoção humana é muito grande. Esperamos que neste Ano vocacional possamos renovar as lideranças em nossas comunidades, o ânimo daquelas que estão cuidando do povo de Deus e fazer crescer o compromisso  dos batizados com a Igreja e na transformação do mundo em que vivemos.

                    “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33)

 O Papa Francisco nos lembra de que a vocação nasce da oração e só pode dar frutos na oração. No Evangelho, depois de subir a montanha, lugar do encontro com Deus, Jesus chamou os que ele quis, para ficarem com Ele e enviá-los em missão. É um desejo de Cristo, que estejamos perto dele e compartilhemos sua estrada. Ele nos quer perto de si e dos irmãos, especialmente os que mais precisam. É o meu grande sonho, de que em cada paróquia possa surgir ou fortalecer uma equipe de pessoas, que ajude a criar uma cultura vocacional, oportunizando momentos de oração, de reflexão sobre o sentido da vida, e realizando iniciativas  para apoiar aqueles que desejam viver com mais disponibilidade e radicalidade o chamado de Deus para a missão. “Que o Senhor nos ajude a discernir a graça do chamado e a urgência da missão, nos encantando e fazendo encantar famílias, crianças, jovens e adultos para que sejam capazes de sonhar e se entregar, com generosidade e vigor a serviço do Reino em vossa Igreja e no mundo” (trecho da oração do Ano vocacional). Posso contar com a sua ajuda para viver intensamente este momento da nossa Igreja? Um grande abraço, do vosso amigo bispo,

D. Sebastião Bandeira




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