O aborto é um tema delicado e com uma temática difícil para se argumentar, uma vez que envolve questões religiosas e filosóficas. O aborto é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando assim a morte, ressaltando que, uma vez, pode ser este espontâneo ou provocado.
O aborto é praticado por mulheres
de diferente classes sociais, religiões,
visto que em muitos países está sendo
legalizado e em outros é taxado como crime. A sociedade contemporanea em que
vivemos, passa por um processo de
degenerescência total , onde a vida não vale mais nada , os verdadeiros valores
éticos e morais foram esquecidos, os bons atos e costumes foram jogados ao ar,
na lata do lixo. A Constituição Federal Magma Brasileira de 1998 assegura e
detém o direito à vida (artigo 5º, caput), sendo criminalizado o aborto, para
proteger a vida do feto, já que os direitos fundamentais incitados neste
artigo, foram enumerados afim de proteção, garantia e preservação da dignidade da pessoa humana.
A prática do aborto sempre existiu, em todos os tempos, em todas as
sociedades, com métodos e técnicas que variaram, desde os mais rudimentares e folclóricos
(uso de ervas consideradas “abortivas”, auto-aplicação de meios para destruir o
feto, etc) até os científicos. (WEREBE, 1998, p.52).
Algumas religiões, não apoiam o
aborto. Para a Igreja Católica “O aborto provocado é a morte deliberada e direta,
independente da forma como venha a ser realizado, de um ser humano na fase
inicial de sua existência, que vai da concepção ao nascimento” (IGREJA
CATÓLICA, 1995, n. 58). Em 1976 o Papa Paulo VI disse que o feto tem
"pleno direito à vida" a partir do momento de sua concepção; que a
mulher não tem nenhum direito de abortar, mesmo para salvar sua própria vida. Assim,
baseou-se em três princípios:
1- Deus é o autor da vida; que quer
dizer que a vida começa no momento da concepção, a sua geração;
3- O aborto, em qualquer estágio de
desenvolvimento fetal, significa tirar uma vida humana inocente.
O ato de abortar, seja ele legalizado,
incitado, ou não, pode eclodir numerosas consequências psicológicas e mentais, deixando a mulher confusa em relação a
aspectos físicos e emocionais. A Igreja Católica, desde os primordios, mais preciso no século IV
vêm a condenar o aborto em qualquer estágio e em qualquer circunstância, sendo
perpetuado até o presente como opinião e posição oficial da Igreja Católica, no
qual proíbe o aborto em qualquer fase, já que a alma passa a pertencer ao novo
ser no preciso momento do encontro do óvulo com o espermatozoide. Diniz
(2014, p.53) em sua perspectiva, assegura que:
A vida humana começa com a concepção. Desde esse instante tem-se um
autêntico ser humano e, seja qual for o grau de evolução vital em que se
encontre, precisa, antes do nascimento, do útero e do respeito à sua vida. O
feto é um ser com individualidade própria: diferencia-se, desde a concepção,
tanto de sua mãe como de seu pai e de qualquer pessoa, e, independentemente do
que a lei estabeleça, é um ser humano.
É notório que o aborto é a
interferência de uma vida humana, e oscila entre a terceira e a quarta causa de
morte materna. O aborto pode ocorrer em diversas situações, muitas são as que
acontecem por decisões, estupro, baixo poder aquisitivo, má reação por parte da
família, risco de vida da mãe, doenças transmissíveis para o bebê, malformação
do feto, instabilidade emocional, e gravidez na adolescência. O aborto está
sendo tido no Brasil como um dos assuntos do momento, devido o fato de
autoridades estarem querendo descriminalizá-lo, eis porque precisamos falar
sobre o aborto!
REFERENCIAS
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito.9. ed. rev. Aum. e. atual. de acordo
com Código de Ética Médica. São Paulo: Saraiva, 2014.
IGREJA CATÓLICA. Papa : (1978- : João Paulo II). Evangelium Vitae. Evangelium Vitae : aos
Presbíteros e Diáconos aos religiosos e religiosas aos fiéis leigos e a todas as
pessoas de boa vontade sobre o valor e a inviolabilidade da vida Humana. Vaticano,
25 mar. 1995. Disponível em: <http://www.vatican.va/
edocs/POR0062/_INDEX.HTM#fonte>. Acesso em: 18 jul. 2018.
WEREBE, Maria José Garcia. Sexualidade, política e educação. Campinas: Autores Associados,
1998.
Redação Pascom Catedral
Texto: João Israel da Silva Azevedo
Arte e design: Vandeilson Almeida
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