“COMUNHÃO NA PALAVRA”

“NOVO MILÊNIO”

“COMUNHÃO NA PALAVRA”, nº 252- novembro de 2018.


“Jesus Cristo, o Senhor dos reis do mundo... fez de nós um reino, sacerdotes de Deus Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos, amém” Ap 1,6


O tempo passa rápido. Logo mais, na Festa de Cristo Rei, estaremos concluindo o Ano Nacional do Laicato, importante ocasião para refletir sobre a atuação dos cristãos dentro e fora da Igreja e em nosso país. Depois de termos vivido, estas eleições, em que foi eleito para presidente do Brasil, o Jair Bolsonaro, usando como pauta de sua campanha, a defesa da família, da ética na política e da religião cristã e ao mesmo tempo apresentando propostas contrárias aos valores do evangelho, incentiva-nos cada vez mais a nos preocupar sobre o que e o como estamos formando nossas lideranças, para influenciar no mundo. Em nossa Diocese, durante o curso de formação de agentes, queremos apresentar o novo Conselho dos Leigos que ajudará na organização e formação dos mesmos, nestes próximos, quatro anos.

“Jesus Cristo, o Senhor dos reis do mundo... fez de nós um reino, sacerdotes de Deus Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos, amém” Ap 1,6


A grande paixão de Jesus foi anunciar e instaurar o Reino de seu Pai sobre a terra.  O Reino é uma categoria religiosa para expressar uma forma de organizar o mundo, onde os homens vivem a economia, a política, as suas relações familiares e com a natureza, baseando-se nos valores da fraternidade, da justiça, da liberdade do cuidado e da paz. È a concretização da “cidade de Deus” que já nos falava Santo Agostinho, ou experimentar o paraíso, anunciado no início das Sagradas Escrituras. Esta realidade será sempre uma meta, a ser alcançada com a participação de Deus e do ser humano, mesmo que em alguns momentos e circunstâncias apareçam mais fatos que são contra o Reino. Cabe ao cristão, iluminado pela fé, discernir, os sinais dos tempos e agir de maneira eficaz, sem perder a esperança para que este projeto do Pai aconteça, aqui e agora, mas sabendo que o ainda não faz parte do processo. Por isso, devemos sempre tomar cuidado, para evitar radicalismo, desânimo diante dos resultados alcançados, e principalmente se deixar levar pela lógica do mundo, evitando o que o Papa Francisco chama de “corrupção espiritual”, “trata-se de uma cegueira cômoda e autossuficiente, em que tudo acaba por parecer lícito: o engano, a calúnia, o egoísmo e muitas formas de autorreferencialidade”.  Não permita que roubem os seus sonhos e nem se deixe derrotar por aqueles que fazem o mal.

“Jesus Cristo, o Senhor dos reis do mundo... fez de nós um reino, sacerdotes de Deus Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos, amém” Ap 1,6


Urge, neste momento, ter uma atitude de discernimento, para percebermos nos fatos se é vinho novo, que vem de Deus, ou uma novidade enganadora do espírito do mundo, que quer sempre se opor e destruir aquilo que é para o bem dos filhos de Deus. “Examinai tudo e guardai o que for bom” (Ts 5,21). Quais passos que devemos dar para formar as pessoas, afim de que elas tenham a capacidade de discernir, especialmente nos momentos difíceis de sua vida e da sociedade? Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a desenvolver esta capacidade espiritual: o dom do discernimento.  Um grande abraço do seu sempre amigo,

Dom Sebastião Bandeira.
Bispo da Diocese de Coroatá-MA


Postar um comentário

0 Comentários