Dom Sebastião: A esperança alimenta o porquê servimos, lutamos e amamos. -Comunhão na Palavra - JUNHO 2022

 

Comunhão na palavra, junho de 2022 

“ A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi confiado” Rm.5,5.

Dom Sebastião Bandeira:  Devemos com urgência levar a sério o cuidado para que as famílias se tornem menos sofridas, menos desestruturadas, mais transmissora dos valores do evangelho e mais felizes.

Muitas coisas boas serão vividas neste mês. Logo no início, teremos o encontro dos bispos do Maranhão com o Papa Francisco, dia 02 de junho. Será uma ocasião para expressarmos nossa comunhão com ele e o nosso apoio a tantas iniciativas inspiradas e inspiradoras para toda a Igreja. O seu apreço para a Amazônia é extraordinário, que se transformou em atitudes concretas. A sua proposta de uma Igreja sinodal que escuta a voz do Espírito nos anima a fazer parte desta Igreja e suscita esperança em nossos corações que tendem a ficar acomodados com o que já foi conseguido. Junho é o mês dos santos populares e queridos que alegram nossas vidas e nos apontam o caminho a percorrer. E neste ano, queremos refletir sobre o Amor em família, como caminho de santidade, tendo presente o Encontro mundial das famílias com o Papa Francisco, e que deverá ser vivenciado em cada Diocese do mundo inteiro.

“A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi confiado” Rm.5,5.

A esperança está muito ligada ao Espírito Santo, por que Este renova todas as coisas e faz nascer a verdadeira novidade. Quando a comunidade dos apóstolos estava fechada com medo de enfrentar os perigos e recomeçar, a experiência de Pentecostes fez com que esta se tornasse corajosamente missionária e criativa, capaz de dialogar na diversidade de línguas e povos.  Dizia Santo Agostinho, que o Pai é o amante, o Filho é o amado e o Espírito Santo é o amor do Pai para com o Filho e do Filho para com o Pai. Isto nos faz entender de onde vem esta força renovadora tão poderosa e tão necessária na nossa vida, na Igreja e no mundo. É a força do amor que faz romper os medos, superar os cansaços, encontrar recursos e acontecer algo que parecia tão difícil e até impossível. A esperança alimenta o porquê servimos, lutamos e amamos. Os santos que celebramos neste mês, enriqueceram o mundo com o seu testemunho de superação, fruto de um amor que vem de Deus.  O lugar básico e fundamental para viver este amor é na família, fazendo desta convivência o espaço para nos tornarmos mais humanos, mais servidores e mais cuidadosos uns com os outros. Isto é a santidade, fruto do Espírito. Devemos com urgência levar a sério o cuidado para que as famílias se tornem menos sofridas, menos desestruturadas, mais transmissora dos valores do evangelho e mais felizes.

“A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi confiado” Rm.5,5.

Como alimentar a esperança, fruto do Espírito? Primeiro, escutando com o coração as pessoas e os sinais dos acontecimentos, onde vivemos. Percebendo o positivo e o belo das pessoas e daquilo que existe, além dos erros e fraquezas que são aparentemente mais visíveis. Segundo, na prática da oração como diálogo, entre duas pessoas que se amam. Neste diálogo, vamos purificando as nossas falsas esperanças ou nossos vazios de esperança e nossas perspectivas vão se ampliando com a ação de Deus, em nosso interior. E por fim enfrentando os desafios, porque cada vitória por menor que seja, na nossa vida, sempre nos dá alegria, auto confiança e a certeza de que podemos ser e fazer mais, até chegar a plenitude, que será somente junto de Deus.  Que o Espírito Santo nos ajude a nunca perder a esperança em nossa vida e a sermos pessoas que ajudam a esperançar... Deus os abençoe!

Dom Sebastião Bandeira Coelho

Bispo da Diocese de Coroatá-MA






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